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08/05/2013

JUSTIFICATIVA REAL



  Totonho da Marianica, depois de vender o Jurumela, juntou mais um dinheirinho, e resolveu comprar uma caminhonete para melhor tocar os negócios. No dia em que foi buscar a bichinha novinha resolveu conferir se o trem era bão mesmo. Pegou a estrada e pisou no acelerador pra valer: 80, 90, 100, 120km/h. Quando estava a 140km/h, passou por uma patrulha da Policia Rodoviária que lhe fez sinal p parar.
  - Num vô pará não. Quero vê se eis consegui mi pegá. - E acelerou mais ainda.
 E a policia bateu atrás do Totonho, com a sirene ligada, até que ele viu que não tinha jeito mesmo e encostou-se à beira da estrada. O guarda aproximou-se, pediu a documentação e comentou:
  - Correndo um cadim, hein, seu Antonio? Escuta aqui, hoje é sexta-feira, já tá de tarde, eu tô muito cansado, querendo ir pra casa... Me dê uma desculpa bem dada pra justificar tanta correria que eu não faço multa nenhuma e o senhor vai simbora.
  - Siguinti, seu guarda... Sucede qui, na semana passada, minha muié fugiu cum sordado e quando vi o carro da puliça correndo atrais di mim, pensei qui sesse ele, quereno mi devorvê a muié, uai!...
  - Tá dispensado... CumDeus! 

(Causo recolhido e enviado por Joaquim da Silva Junior, de Carmo do Rio Claro-MG)

01/04/2013

ARROZ PRA LIMPAR




Antônio Dodói era conhecido em Tabuí como motorista da melhor qualidade. Mas tinha um problema: só andava biritado. Tanto quanto sua kombi a álcool que era um outro problema. Nem pintura tinha mais e estava toda escangalhada. Ninguém entendia como a kombi do Dodói ainda rodava e como a polícia não criava caso com ele.
Pois bem. Um dia ele foi a Bambuí levar uns sacos de arroz pra limpar lá na máquina do Bejo. Bem na praça, um policial, vendo aquele trem, resolveu conferir o que era. Dodói parou e o polícia perguntou, imitando os paulistas para parecer mais importante:
- Quede a carta?         
- Que carta, sô guarda? Fiquei de lhe escrevê?
- Ucoquero é que o senhô me mostre a cartera de motorista, a de identidade e os ducumento do carro!... Agora!
- O sinhô tá cum muita farta de sorte!... Num tô com ninguém dêsaqui agora!... Inté!
Antônio Dodói foi em cana por desrespeito à autoridade e classificado como meliante.