Antônio Dodói era conhecido em Tabuí como motorista da
melhor qualidade. Mas tinha um problema: só andava biritado. Tanto quanto sua
kombi a álcool que era um outro problema. Nem pintura tinha mais e
estava toda escangalhada. Ninguém entendia como a kombi do Dodói ainda rodava e como a polícia não criava caso com ele.
Pois bem. Um dia ele foi a Bambuí levar uns sacos de arroz pra limpar lá
na máquina do Bejo. Bem na praça, um policial, vendo aquele trem, resolveu
conferir o que era. Dodói parou e o polícia perguntou, imitando
os paulistas para parecer mais importante:
- Quede a carta?
- Que carta, sô guarda? Fiquei de lhe escrevê?
- Ucoquero é que o senhô me mostre a cartera de motorista, a de identidade
e os ducumento do carro!... Agora!
- O sinhô tá cum muita farta de sorte!... Num tô com ninguém dêsaqui
agora!... Inté!
Antônio Dodói foi em cana por desrespeito à
autoridade e classificado como meliante.
Um comentário:
Não é só lá pelas bandas de Tabui q existem esses tipos de transporte, com motoristas esquecidos. Pelo menos a metade da frota nacional de veículos particulares está em petição de miséria. E a policia faz q nem sabe do problema.
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