Ditão e Toinzin saem de Tabuí no meio da tarde pra pescar no Sorongo. Antes de montarem cada um na sua bicicleta – que lá eles chamam de “magrela” - resolvem conferir a trenheira que tão levando.
- Uai, cumpade Toinzin, pra mode quê ocê tá levano duas capanga?
- Uai, cumpade Ditão, é que tô levano uma piguinha aí, sô! Tá bem amoitada, junto cuns papel, mode ficá bem iscundida!...
- Mas, cumpadi, nóis num tinha cumbinado num bebê mais nas nossas pescaria? É pirigoso dimais da conta, uai!
- Mas, sô! Óia aqui, ó: e vai que aparece uma cobra e pica a gente, heim! Já pensô nisso? E qual é o remédio mais mió pra disinfetamento de mordidura de cobra? Cê num sabe que é pinga, cumpade Ditão?
- Sei, mas e o quico?
- O quico? O quico é que nóis disinfeta com a pinga e toma umas talagada pra num sinti muita dô, uai!
- Ah, bão, cumpade Toinzin! Cê pensô bem, sô! E na ôta capanga, quequitem?
- Uai, cumpade Tonhão, é uma jararaca! Pode num tê cobra no disgramado do Sorongo hoje, né?
4 comentários:
Eurico, meu amigo! Essa agora me pegou. Imaginei tudo...menos que tivesse a dita cuja para veler as razões da pinga!
Ri muito, viu?
Parabéns, pela criatividade!!
Grande abraço
Mirse
Conversa de pescador kakak Bjkª. Elza
Oi Eurico,
Depois de uma temporada no Ceará, olha eu aqui outra vez!!!!
Adoro os "causos miudinhos" e essa pescaria promete.
Um abraço,
Dalinha
Mirse, Elza e Dalinha,
Obrigado pelos comentários e pelas visitas. Um grande abraço para vocês.
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