
Fila feita, o assaltande chefe vai escolher quem deve ser morto.
Chega ao primeiro, aliás, à primeira da fila, aponta o rifle, que de tão novo
até brilhava, e pergunta:
- O nome da senhora, por favor!... Vamos ver se a senhora tá no
ponto pra eu matar...
A mulher, coitada, não acha palavras, gagueja, treme, sua frio, até
que sai:
- Ro-ro-rosinha!...
- Dona Rosinha!... – falou exultante o assaltante – É o nome da minha vozinha, quem me criou... A senhora pode se mandar. Tá
liberada, em homenagem à minha vó!
O Próximo da fila era um cabra novo, forte a grandão, que todo
mundo conhecia em Tabuí, principalmente por estar agora fazendo concorrência ao
banco. Também emprestava dinheiro a juros exorbitantes. Era o Sansão Bontempo.
- Seu nome aí, seu barrigudo!
Sansão ficou meio de lado, botou a mão na boca, em concha, de forma
que mais ninguém ouvisse e falou pro meliante:
- Óia aqui, ó... Meu nome é Sansão Bontempo... Mas lá in casa todo
mundo trateu de Rosinha...
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