Lá perto de Tabuí, bem atarracado pros
meios das roças, tem um recantinho chamado Pau Amarelo, acho que numa homenagem
ao ipê. Amarelo, claro. Um punhadinho de casas construídas uma ao lado da outra,
junto da casa sede, bem grandona. Na verdade Pau Amarelo é um arraialzinho no
meio de uma fazenda onde a viúva, dona Niquita, é a dona.
Num certo dia, assim de tardezinha, a
Cidinha chegou pra mãe.
- Mãe, quero í na festa!
- Festa de quê, minina?
- Uai, mãe! Vai tê dança lá na sede pra
comemorá o aniversário da dona Niquita!...
- Tá bão, fia! Cê podií mais vai dançá
só com gente daqui, viu?
Foi. Doidinha para dançar essas danças
doidinhas. Foi quando chegou um rapaz, pronto pra atendê-la.
- Bão dançá? – Mocinha avaliou o moço e
respondeu:
- Posso não, moço. Só posso dançá com
homem de pau amarelo....
- Uai, é?... Tem nada não, sá! Eu pinto!...
(Causo enviado pelo amigo Edelson Silva
Pereira Lopes, de Brasília-DF)
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