Era dia de maratona
em Formiga, lá onde mora o conterrâneo Edson Ferreira, mais conhecido como o
Palhaço Rachid, e atletas e não atletas de toda região foram competir, querendo
ganhar uns prêmios. Até o Marão saiu de Tabuí para Formiga, mas com outro
objetivo. Tinha uma namorada na cidade e, como ficou sabendo que o marido dela
estaria fora por uns dias, a corrida seria boa desculpa para dar à sua mulher e
encontrar a outra amada. Passou uns dias treinando e na sua casa só se falava
em maratona.
Bem na hora da
corrida, chuva lá fora e Marão no quarto, nos braços da amada, quando, de
repente, ouvem barulho.
- É meu marido, Marão!
Pega sua roupa e pula a janela digero!... Corre home de Deus!...
Marão fica indeciso.
Corpo quente da refrega, não queria tomar chuva no lombo. Mas ante a premência
da situação, pensando em revólver, facas e facões, não teve jeito. Pulou a
janela e caiu direto no meio dos atletas, em plena corrida. Como quem estivesse
participando, Marão corre, acompanhando a turma que o olha de forma estranha.
Foi quando um corredor, não resistindo à curiosidade, pergunta:
- Uai, cê corre
sempre assim, pelado? – Marão se contempla e, sem graça, responde:
- Sim, colega!
Gosto de ficá mais livre, uai!...
Outro corredor,
para completar o assunto, aumenta o passo e entra na conversa:
- Mas pra mode quê
ocê corre pelado e carregano as ropa?
- Uai, sô! É
causdiquê ieu gosto, uai!...
Um terceiro
corredor emparelha com os três e também entra na conversa:
- Mas ocê é muito
engraçado, sô! Correno pelado, carregano as ropa e com uma camisinha aí no
documento!... Ocê faz isso sempre?
- Faço sempre não, sô! Só quando chove!...
(Baseado em texto enviado pelo amigo Gilberto Nogueira de Oliveira, de Nazaré das Farinhas-BA)
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