- Compadre
Nego, preciso falar com você!
- Uai,
cumpade Antõe, intão vem cá, sô!
Esta era a
conversa dos dois compadres, um da cidade e outro da roça, na hora em que o
segundo tirava o leite da manhã da sua terceira vaquinha, num curralzinho
improvisado de varas deitadas.
- Mas,
compadre Nego, esse boi daí, da cara preta, não pega não?
- Pega
nada, sô! É mansim!...
O seu
Antonio, o da cidade, entra no curral, confiando na conversa do seu compadre e
dá com os burros n’água. O boi da cara preta encara-o e avança firme. O
Antonio, sebo nas canelas e, mais que depressa, pula a cerca de varas do
curral. Enquanto isso o Compadre Nego continua, distraidamente, a ordenhar a
vaca.
- Mas,
compadre Nego, você não disse que o boi não pegava?
- Mas,
cumpade Antõin, por acauso ele pegô?
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