30/01/2013

COMERCIANTE ENCRENQUEIRO




Ali na Rua do Assobio tem o armazém do Manoel Silva. Pois o Crescêncio, que tinha vindo a Tabuí fazer umas comprinhas, foi lá comprar alpiste.
- Alpiste? Tens que me trazer o passarinho, ô gajo!
- A cuma é que é?
- Pois, pois! Só vendo alpiste pra quem de fato vai usá.  Do contrário, num leva!
Crescêncio saiu puto da vida com a regra do comerciante, desconfiado de que o Manoel estivesse fazendo hora com a cara dele. Leva o passarinho e consegue comprar o alpiste. Aí resolve levar dois sacos de milho.
- Só depois que me trouxeres as galinhas, opa!
- Ma népussive, sô! Que trem mais sem graça!  Nunca vi isso!...
- Sem galinha, não levas o milho!
Recurso do Crescêncio foi buscar as onze galinhas para conseguir comprar o milho. E, junto com as galinhas, já trouxe duas latinhas bem tampadas, pesando meio quilo cada uma. Chama o Manoel e manda-o botar as mãos dentro das latas. Quando o português fica indignado com o que sente pelo tato e o olfato, Crescêncio pede:
- Fazfavô, seu Manel, pode me vendê dois rolo de papeligiênis?

(Recontado. Achei na Internet.)

2 comentários:

Mafê disse...

Kkkk ótimo! E nojento tb...

Hélvia Paranaguá disse...

Perfeita! Valeu o troco Crescêncio!