10/01/2013

AMIGOS DO PEITO

     Lá no Ridijanero apareceu, vindo das bandas de Tabuí, o Istronqueli, que ficou logo amigo do porteiro, num hotelzinho bem mixuruca, que nem vou falar o nome pra não macular a imagem do ilustre hóspede. Aí, começou a fase de contar piadas um por outro e a fazer pegas, cada um querendo glorificar o seu torrão.
     - Essscuta essa aí, ô mineiro! - disse o porteiro - minha mãe e meu pai tiveram um filho masss esste não é meu irmão. Quem é ele, ô cara?
O tabuiense reflete um pouco, craneia, craneia e, com muito pesar, entrega os pontos:
     - Sei não, sô!...
     - Sou eu, mineiro véio! - Vangloria-se o porteiro, soltando uma sonora gargalhada, pisando nos brios do coitado do mineiro.
     Ao voltar pra Tabuí, o Istronqueli resolve vingar no seu vizinho Bené a desfeita que tivera no Ridijanero e logo pergunta, aproveitando da curiosidade do amigo que queria saber das novidades da cidade grande.
     - Óia aqui, ô, Bené! Minha mãe e meu pai teve um fio mais ele num é irmão meu. Quem é ele mezzz?
     - Sei não, uai!... Parece que bebe!... Quem é? - Responde perguntando o Bené.
     - Um portero dum hotel lá do Ridijanero, - responde o inocente Istronqueli.

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