Aruerinha era doido por feijoada. Andava léguas e léguas quando corria notícia de uma, principalmente se fosse boca livre. Foi por isso que saiu de madrugada para a Fazenda Boi Atolado onde haveria entrega de folia de Reis. Na hora do almoço o sol tava de rachar. Mas Aruerinha não perdoou. Comeu cinco pratadas da sua comida predileta e tomou umas boas talagadas da água que passarinho não bebe. Tudo de graça. E caiu no mundo com a pança cheia. Queria chegar em casa, lá no Tabuí, antes de escurecer.
Só que Aruerinha, com aquele calor todo, suando em bicas, foi sentindo um empanzinamento, umas tonteiras, uma ruindade danada e teve que parar na sombra fresquinha duma pindaíba. Foi vindo aquela zonzeira estranha e o homem caiu no sono enquanto a feijoada seguia seu curso nas entranhas do Arueira.
Lá pelas tantas ele acorda. Tonto, deslocado no mundo, com os gases da feijoada fazendo efeito no intestino e pressionando o cérebro. Sem entender o que estava acontecendo, Aruerinha apela para um pessoal que estava passando e que também vinha da festa:
- Gente! Quem co sô? Oncotô? Poncovô?
2 comentários:
Eita Aruerinha! Feijoada demais não pooodeeeeeeee!!!
Muito bom e tão normal..., o difícil foi entender as tres últimas exclamações.
Parabéns, meu amigo.
Um dia vou aí em Tabuí.
Um grande abraço
Mirse
Eita Aruerinha! Feijoada demais não pooodeeeeeeee!!!
Muito bom e tão normal..., o difícil foi entender as tres últimas exclamações.
Parabéns, meu amigo.
Um dia vou aí em Tabuí.
Um grande abraço
Mirse
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