Tão lá os dois, meio na paquera, mas jogando cada um por si. Numa certa altura ficam bem próximos e ele cria coragem e resolve puxar conversa.
- A senhora me descurpe, mas tô meio perdido... Pode me dizê qualé o buraco meu?
- Olha, moço, eu estou no buraco número 43. O senhor está um buraco atrás de mim. Portanto, no 42...
E continuaram o jogo. De vez em quando olhando um pro outro, até trocando sorrisos. Aí ele outra vez puxa assunto:
- Perdido de novo. Agora em que buracotô?
- Eu estou no buraco número 95. O senhor, um buraco atrás, no número 94...
E cada qual recomeça o seu jogo. Até que, cansados de andar, param ao mesmo tempo, sem querer querendo, num lugar que vendia água de coco. E um papinho pra cá, outro pra lá, os dois se assuntando, buscando aproximação. Mas Dodói não queria de forma alguma que o assunto girasse em torno de profissão. Achava inconveniente que a moça bonita soubesse o que ele fazia. Mas não deu outra. Cada um se disse comerciante. “Afff” - pensou ela - “ainda bem que ele não perguntou comerciante de quê”. Como o leitor notou, a moça também tava preocupada e preferiria não falar do que fazia. Juquinha Dodói resolveu – já que ela iria querer saber – perguntar primeiro.
E continuaram o jogo. De vez em quando olhando um pro outro, até trocando sorrisos. Aí ele outra vez puxa assunto:
- Perdido de novo. Agora em que buracotô?
- Eu estou no buraco número 95. O senhor, um buraco atrás, no número 94...
E cada qual recomeça o seu jogo. Até que, cansados de andar, param ao mesmo tempo, sem querer querendo, num lugar que vendia água de coco. E um papinho pra cá, outro pra lá, os dois se assuntando, buscando aproximação. Mas Dodói não queria de forma alguma que o assunto girasse em torno de profissão. Achava inconveniente que a moça bonita soubesse o que ele fazia. Mas não deu outra. Cada um se disse comerciante. “Afff” - pensou ela - “ainda bem que ele não perguntou comerciante de quê”. Como o leitor notou, a moça também tava preocupada e preferiria não falar do que fazia. Juquinha Dodói resolveu – já que ela iria querer saber – perguntar primeiro.
- A senhora comercia o quê?
Sem graça, ela perdeu um pouco as estribeiras, mas controlou-se. E pensou “seja o que Deus quiser”.
- Errr... Eu vendo... Vendo... Trabalho com absorventes higiênicos...
Dodói deu um sorriso amarelo enquanto esperava a pergunta que tinha certeza de que viria... Logo a que ele não queria:
- E o senhor, vende o quê no seu comércio?
- Eu?... Errr.... Vendo.... Humm... Vendo... Óia, moça, continuo um buraco atrás da senhora... Vendo papel higiênico.
Sem graça, ela perdeu um pouco as estribeiras, mas controlou-se. E pensou “seja o que Deus quiser”.
- Errr... Eu vendo... Vendo... Trabalho com absorventes higiênicos...
Dodói deu um sorriso amarelo enquanto esperava a pergunta que tinha certeza de que viria... Logo a que ele não queria:
- E o senhor, vende o quê no seu comércio?
- Eu?... Errr.... Vendo.... Humm... Vendo... Óia, moça, continuo um buraco atrás da senhora... Vendo papel higiênico.
(Causo contado pelo amigo José Vasconcelos C. de Souza. Ele é de Santa Bárbara-MG e mora em Brasília-DF).
Um comentário:
Adorei muito obrigado pelo convite
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