Antõim
Gotinha levantou no domingo bem cedo e foi pra missa do Padre Anacleto. Missa
das seis, pois que, antigamente, até padre levantava cedo. Depois de confessar,
rezar bastante e até comungar, Gotinha volta pra casa feliz da vida.
Primeira
coisa que a mulher estranhou e ficou com a pulga atás da orelha, foi o marido
dar-lhe um beijo cheio de sorrisos. Pensou “Rummmm!!!”. O Gotinha, não
satisfeito, dá um abraço na mulher e sai dançando com ela casa adentro,
circulando todos os móveis. Até que pega-a ternamente no colo e tasca-lhe mais
um beijo.
- Benhêêê!...
Oquecouve cocê? – pergunta-lhe Magnésia um tanto quanto emocionada.
-
Hoje tô filiz, sá! Só isso! Num pode?
-
Padre Anacleto andou puxano sua oreia lá na missa, é? Disse procê e pra homaiada
sê mais carinhoso cas muiés? É? Fale tudo, num misconda nada, viu?...
-
Não, Maguinha! Sá quequele disse? Que a gente temo qui carregá a nossa cruiz sempre
com mais alegria, num sabe?
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