- Vai
o quê, Cremente! Ele nem cunhece ocê, sô! Quem vai sô ieu!
- Num
vô, é? Cê vai vê, invejosa! E num vô dexá ocê i não, de jeito manera!...
Este
é um trecho da briga diária entre o Clemente e a mulher, Nenzica, muito antes
da eleição. A cada dia, nova briga por vantagens que o marido e mulher queriam tirar,
em sendo vencedor lá na prefeitura de Tabuí, aquele que ele dizia ser seu
grande amigo, o Mané Curuja. E preciso esclarecer que o tal do Mané nem
candidato era.
- E
cê sabe o quê mais, Nenzica! Eu qui vô andá na roda gigante do parque e entrá
no circo, tudo dado!... E cê acha qui vô ti levá? Nunquinha!....
- Ma
ieu já num quero i memo! Tomara que o Mané ganha a prefeitura! Quero vê ele
lembrá docê niqui tive lá!
Passou
a eleição, com o Coruja candidato. Mas Mané Coruja nunca mais apareceu por
aquelas bandas. Foi quando perguntaram pro Clemente:
-
Cumé qui é Clemente, e a política? O home ganhô?
- Ó,
sô. Querdita ocê que o Mané Curuja tirô em tercero lugá?
- Mas
que coisa boa, home! E quantos candidatos tinha lá pra prefeitura?
- Trêis!...
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