À procura de emprego saiu do Zezão de Tabuí. Andando a pé, de carro de boi, de caminhão, de buzu, de trem de carga, ele conseguiu chegar a São Paulo. Com fome, cansado e doído de tanto sofrimento. Foi logo numa indústria das mais sofisticadas e perguntou se tinham emprego para ele.
- Que curso que o senhor tem moço? – perguntou o homem que fazia a seleção dos candidatos a emprego.
- Óia, pra dizê a verdade, só tenho mezzz é o primário...
- Ihhh! Danou-se, moço! Aqui só temos emprego para engenheiros!...
- Tem pobrema não. Pra quem tá na merda, qualquer bosta serve, uai!... Que dia intão posso começá?
(Causim enviado por José Sallum, de Caxambu-MG)
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