A mulher
do velho Galileu, a dona Creuza, criava um macaquinho que não dava sossego às
galinhas, aos porcos e estragava tudo quanto é planta do quintal. E Galileu só
assuntando, buscando arrumar inimizade pro tal do bichinho a fim de que alguém desse
um sumiço nele. Por medo da mulher, Galileu
não tinha coragem de dar corretivo no macaco.
A
melhor oportunidade de fazer fofoca contra o bichinho chegou quando os pés de jabuticaba
estavam carregados de frutas. Galileu notou que o macaco apanhava as frutinhas,
levava-as ao traseiro, comia umas e jogava outras fora. E foi bem isso que as
freiras lá de Bambuí, em visita a Tabuí e à dona Creuza - mulher muito devota –
viram. Notaram a pouca vergonha do macaco e foram logo reclamar pro Galileu, em
forma de bronca.
-
Senhor Galileu, o senhor já viu a pouca vergonha que o seu macaco tá fazendo?
Galileu,
vendo a boa hora de criar dificuldades pro macaco e pra mulher, relacionando-os
um ao outro, responde:
- Né
meu não, irmã. É da muié...
- Mas
mesmo assim, seu Galileu... Que mau costume é esse? Cruzcredo!
- Não,
irmã!... Sabe o que qui é? É que o coitado já entupiu o rabo uma vez. E, agora,
ele fica botando a frutinha no traseiro é pra medir ela inhantes de comer...
As freiras foram embora sem se despedir. Nem pra dona Creuza
deram tiau.
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