Baile no ranchão, assim num canto da praça central de Tabuí. Chega o cabra, com cara de gente da capital, bem apessoado, bom de fala e cheio de boa vontade de arrumar uma namorada. Para isso, cismou de dançar com as moças todinhas que havia no baile. Dançou, dançou e dançou e, quando pensou que havia dançado com todo mundo, viu uma senhorita escorada no pau da barraca. Pensou “com essa num dancei inda não”... Chegou-se a ela e fez o convite:
- A senhorita poderia dançá comigo esse toque?
- Não, moço, o sinhô me descurpe causdiquê eu num sei dançá. Quem dança é miirmã.
- E cadê sua irmã?
- Uai, ela foi no banheiro dá uma cagadinha, mas já vorta.
O moço pensou “mas que trem isquisito esse? uma moça inté bonita falá uma coisa assim pra mim?...”. “Ela deve de tá co pensamento muito longe e nem atinô com o que falô... Deve ser boa de papo. Vou conversá coela mais”...
- Mais, ô moça, ocê acha que sua irmã vai demorá muito?
- Não, moço, vai demorá não... Ela já saiu daqui peidano...
O visitante resolveu deixar de arrumar namorada em Tabuí.
(Causo contado pelo amigo Divino Martins, de Itapuranga-GO)
©By Eurico de Andrade, in Tabuí e seus Causos https://www.facebook.com/causos e http://tabui.blogspot.com.br/
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