O senhor juiz estava em
dia de vó atrás do toco. Bravo até com a sombra. Sua raiva era de ter que
atender em Tabuí, naquele arremedo de fórum, que era uma sala da prefeitura
municipal, abarrotada de gente. O cheiro de suor do povo humilde exalava pelas
janelas.
Sem nem ler o processo a
que ia julgar, o meritíssimo, para acalmar as partes que estavam à sua frente, abaixou
um pouco a voz e começa:
- E a olaria? Produzindo
muito tijolo? Ou parou de funcionar?
O advogado, um moço
esperto, estranhando a coisa, foi logo consertando:
Senhor Juiz não tinha
onde botar a cara. Vermelha, feito pimentão. Recriminando-se internamente pela
pressa e pela falta de cuidado de nem ler o processo.
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