26/06/2014
FEIURA CHEGOU E PAROU
Toinzim Guela era menino feio demais da conta. Ficava perto da rodoviária de Tabuí, feito mosca varejeira, esperando viajante com mala. Chegou um e o menino se ofereceu:
- Deixe eu carregar a mala do sinhô inté na pensão...
O recém-chegado analisou a cara do menino e a feiura dele mostrou a cara. Feio pra diabo. Feiura até doía.
- Quanto é que ocê cobra, fio?
- Não. Vô dá preço não, moço! Deixeu levá e lá nóis cumbina...
No trajeto o moço ficava observando, com o canto do olho, aquele desarranjo de feiura do Toinzim Guela. Ao chegarem à pensão, o menino botou a mala num banquinho e ficou olhando pro moço, com olhos pidões.
- Quanto é, meu fio?
- É deiz, moço!
- Fio, ocê vai me perdoá, mas vou dá vinte pelo tanto que ocê é feio...
- Anem, moço! Se o sinhô visse meu irmão, sinhô dava era cinquenta...
(Causo contado pelo amigo Divino Martins, de Itapuranga-GO)
©By Eurico de Andrade, in Tabuí e seus Causoshttps://www.facebook.com/causos e http://tabui.blogspot.com.br/
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